terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cinema-Must See

No post Cinema-Must See de hoje, venho falar-vos sobre um filme no qual me esbarrei alguns meses atrás. Chama-se "Come see the Paradise" e foi realizado por Alan Parker, com a participação do fantástico Dennis Quaid, o qual tenho pena de não ver mais vezes nos grandes ecrãs. Mas enfim!
 Falando do que realmente interessa, ou seja, o filme, posso dizer-vos que foi realmente uma agradável surpresa, pois não esperei que fosse gostar dele. Aliás, começo a chegar à conclusão que os melhores filmes que já vi até hoje, foram todos vistos sem qualquer expectativa. Por isso, actualmente é com esse espírito que embarco no cinema. Sem expectativas, sem ligar às críticas dos entendidos na matéria e muito menos ao número de nomeações que o filme recebe nos Óscares. Já apanhei valentes desilusões, acreditem.

 A acção do filme passa-se no final dos anos 30 quando Jack McGurn (Dennis Quaid), um organizador do sindicato que está do lado errado da lei, ve-se metido num protesto em que, sem o seu conhecimento, foi usada uma bomba que poderia ter morto dezenas de pessoas. O organizador do sindicato oferece 300 dólares para Jack desapareça de Nova Iorque sob pena de ser preso caso se descubra o seu envolvimento no caso. Jack deixa assim a sua cidade natal e vai parar em Little Tokyo, Los Angeles, onde se apresenta como projecionista de um cinema alugado por Hiroshi Kawamura (Sab Shimono), um japonês.
Jack apaixona-se por Lily Yuriko (Tamlyn Tomita), a filha do seu patrão.
Jack e Lily decidem casar-se, mas Hiroshi opõe-se a esta união. E é neste cenário que os Estados Unidos entram na II Guerra Mundial e a família Kawamura é enviada (assim como os americanos que descendem de japoneses) para um "acampamento", que na verdade é uma prisão a céu aberto, onde todos sem excepção tiveram os seus direitos civis violados. Paralelamente Jack é enviado para a guerra, mas sonha encontrar novamente a esposa e filha.
E perguntam-me vocês o que tem este filme de tão especial?
Para mim, o conhecimento de uma nova cultura e uma realidade que me era completamente desconhecida. Nunca, em todas as aulas de História, Ciência Política e Política Externa que tive durante vinte anos, ou nos meios de comunicação social, tive conhecimento que também nos EUA existiram campos de concentração para os cidadãos japoneses durante a II Guerra Mundial.
 Esta história de Alan Parker foi uma autêntica lufada de ar fresco aos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, não só pelos actores pouco conhecidos, tirando o Dennis Quaid, como também pelo enredo que fugiu ao confronto cansativo entre Nazis e Judeus.
 Os laços familiares neste filme são fortíssimos e as histórias tão intensas que rapidamente nos sentimos mergulhados numa atmosfera de verdadeiro Cinema. E foi exactamente assim que me senti. Como se também eu durante duas horas e dezoito minutos tivesse feito parte daquela história...












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