sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cinema-Must See

Não posso deixar de compartilhar um dos filmes mais belos e mágicos que alguma vez presenciei em Cinema.
Lembro-me de ser ainda uma adolescente quando me cruzei com este filme pela primeira vez. Deu às tantas da noite, na ainda maravilhosa Canal2, onde na altura era um canal que dava o devido valor ao bom cinema.
Mas eu lembro-me bem que quando este filme começou, a minha primeira tentação foi desligá-lo. Pensei que seria uma seca, que estava demasiado tarde e que no dia seguinte teria que acordar cedo para ir à escola.
 Pois bem! Ainda bem que não o fiz. Ainda bem que segui os meus instintos e me deixei embalar pelo ambiente mágico que me transportou directamente para os primórdios dos anos 30.
 A primeira cena do filme é algo que nunca me saiu da cabeça. A música asfixiante, romântica e única, o sapato de uma adolescente pendurado num barco que a iria levar para a maior jornada da sua vida. Posteriormente, o vestido, simples e belo, as mãos, os cabelos trançados e um chapéu absolutamente deslumbrante. A partir desse momento eu soube que aquele filme tinha sido feito a pensar em mim.

 Bem, ;-p... tanta conversa e acho que ainda não vos disse o nome desta obra:




 O filme de Jean Jacques-Arnaud, (1992), baseado numa autobiografia romanceada de Marguerite Duras, que vendeu mais de um milhão de cópias em 43 línguas, transborda de paixão.
Com um elenco muito pouco conhecido de Hollywood... ( ainda bem ) , uma fotografia admirável, banda sonora extraordinária, "O Amante" capta de forma brilhante a essência do despertar sexual e do desejo proibido de uma adolescente, como nenhum filme o fez até hoje.
Jane March, a actriz principal, interpreta de forma magistral o papel de uma adolescente francesa pobre que no final da década de 20 conhece um importante e abastado diplomata chinês (Tony Leung) durante uma travesia do rio Mekong. Fascinada pela sua riqueza, a jovem deixa-se levar por ele e os dois amantes envolvem-se numa relação clandestina.
Contudo, as diferenças culturais, de raça e classe social, teimam em aniquilar um amor que desde o começo tinha tudo para não dar certo.








Sinceramente não consigo arranjar palavras suficientes para caracterizar este filme ou enquadrá-lo em qualquer outra obra cinemática que já tenha visto. Um verdadeiro hino aos amantes do cinema, talvez seja a melhor frase para o definir.
Só para que tenham uma ideia, já o vi 8 vezes e ainda pretendo repetir a dose assim que tiver algum tempo...;-P
 Em baixo, dois vídeos. O primeiro, que contém a minha cena preferida, e o segundo, o trailer.

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